O jogo dos sonhos é contraposição.
Contra a posição da superfície limpa da vigília.
Em vigília, vigia-se a fantasia.
Sombra, luz e sobra, dobras de uma obra barroca sur notre réalité. Surréalité.
Que despertar é uma demência.
Que sonhar elevado ao eterno é coisa cabida a brancas de neve ou de algodão.
No colar que se leva ao pescoço:
lado de um oposto em labirinto - verso, anverso, revisto... acidental?
Todo despertar é um afastamento.
Toda sombra é luz cansada de saber de si e, luz, apenas sombra que se pensou.
Salto mortal sobre o próprio eixo.
Mas o que finda com o fim de um movimento?
Sombra é também pensamento no modo do esbarrar-nos-móveis, no roxo de joelhos e canelas.
Quando ao modo da luz, esses móveis pesados não aparecem, ou justamente por aparecerem é que há desvio e esboço de cegueira. Ao visível, de tão claro, a invisibilidade.
A luz vê completamente de dentro da sombra, a sombra só é continuidade à medida que se represente num espelho e então construa para si (implicitamente) a possibilidade de luminomorfosear-se.
Todo crespúsculo é visão onírica do amanhecer.
E à noite, a noite chora pela luz, o dia ao dia gasta-se rezando pelo entardecer.
É apenas aqui que a vida se conjuga, no interpolar de sombra e luz, no horizonte esparso que não é sombra, nem é luz...
Contra a posição da superfície limpa da vigília.
Em vigília, vigia-se a fantasia.
Sombra, luz e sobra, dobras de uma obra barroca sur notre réalité. Surréalité.
Que despertar é uma demência.
Que sonhar elevado ao eterno é coisa cabida a brancas de neve ou de algodão.
No colar que se leva ao pescoço:
lado de um oposto em labirinto - verso, anverso, revisto... acidental?
Todo despertar é um afastamento.
Toda sombra é luz cansada de saber de si e, luz, apenas sombra que se pensou.
Salto mortal sobre o próprio eixo.
Mas o que finda com o fim de um movimento?
Sombra é também pensamento no modo do esbarrar-nos-móveis, no roxo de joelhos e canelas.
Quando ao modo da luz, esses móveis pesados não aparecem, ou justamente por aparecerem é que há desvio e esboço de cegueira. Ao visível, de tão claro, a invisibilidade.
A luz vê completamente de dentro da sombra, a sombra só é continuidade à medida que se represente num espelho e então construa para si (implicitamente) a possibilidade de luminomorfosear-se.
Todo crespúsculo é visão onírica do amanhecer.
E à noite, a noite chora pela luz, o dia ao dia gasta-se rezando pelo entardecer.
É apenas aqui que a vida se conjuga, no interpolar de sombra e luz, no horizonte esparso que não é sombra, nem é luz...
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É cinza.
8 comentários:
Magestuosa forma de pintar. La veo como una de esas pinturas de la mitologia.
Un saludo.
buenissimo onirico y mui buenos los colores me incanta de verdade
Sim, Alejandro, belíssimos traços. Obrigada pela visita.
**
Cores de encantamento tão vivas quanto às tuas, Laura.
olá! gostei de seu blog,
interessante e diversificado
abraços
ah... também adoro 'paris combo'!
"De parcourir le monde
CETTE BONNE TERRE SI GIRONDE
Mais non, mais non, voilà qu'on nous gronde!
Cas sans laisser-passer
Faut pas se laisser aller..."
; )
Um dia foi...uma vez fomos...
Sublime privilegio, guardar lembranças eternas...
lembranças p/ todos!!!!
e agora... quem vai me perguntar se todo "filósofo tem esse ar de superioridade"?
... quem vai rir de meus tropeços sobre o sapato de salto alto?
... quem vai falar que meu cabelo tá todo despenteado?
... quem vai me trazer "presentes" em certas manhãs?
... quem vai me chamar pra almoçar na casa de Tia Edith pra ouvir coisas belíssimas?
(¬¬
raiva)
mas nos vemos moço, nos vemos.
abraços e espaços infinitos pra vc.
é como eu digo: ou é, ou deixa de é!
Claro que nos vemos....bjs!
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