(Menino com pião - 1947, P ortinari)
Noite branca na cidade quente, luz no céu até as seis e dezesseis
Várzea infinita de inúteis quereres
Devires, incompletudes, novelos de linha pela metade
Teseu sem Ariadne, louco e só em seu labirinto
Mata a si por acidente – um golpe apenas, e na cabeça
(Pois em seu espelhinho de bolso era a imagem do Minotauro que aparecia)
Nós...e nós muito bem amarrados
Nós...e nós muito bem desatados
(Pois o aço da palavra laço é um dado apenas imaginário)
Ficções, fricções
Rala força das palavras
(Pois às vezes, sob a pele, a verdade é rarefeita)
Várzea infinita de inúteis quereres
Devires, incompletudes, novelos de linha pela metade
Teseu sem Ariadne, louco e só em seu labirinto
Mata a si por acidente – um golpe apenas, e na cabeça
(Pois em seu espelhinho de bolso era a imagem do Minotauro que aparecia)
Nós...e nós muito bem amarrados
Nós...e nós muito bem desatados
(Pois o aço da palavra laço é um dado apenas imaginário)
Ficções, fricções
Rala força das palavras
(Pois às vezes, sob a pele, a verdade é rarefeita)
(...)
1 comentários:
Suas visitas são sempre muito bem vindas e surpreendentes.
Li seu comentário anteontem. Me ficou a impressão de lhe ter tocado algo a mais que eu não tinha visto lá, o que era de se esperar de algo escrito com tanta necessidade, em um momento que a unica coisa que me vinha a boca era um gosto de amido e sentia na pele unicamente o sopro violento do vácuo, um poema escrito às cegas.
Depois de tanto pensar em uma resposta, uso suas próprias palavras como nota de roda-pé para o que você lá me deixou: "Pois as vezes, sob a pele, a verdade é rarefeita".
ps: nunca sei onde responder os comentários, se aqui ou lá.
Abraços.
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