Eu disse que preciso dizer como a menina e sua máquina de fotografar. E foi já esta (como esta), uma tradução. A traição daquilo que seria apenas em leve clicar. Repito que é assim que preciso. Pelatravés da imagem: intento despido. Não me levem ao paradeiro dos mínimos; o que espalharam com os pés eu afasto dos meus pés, pois que é preciso saber escapar de saber. Desavisem-me com toda urgência. Quero o inferno da palavra, não menos que o inferno para a palavra. Estouro mudo, cavo, malentendu. Abrir mão de narrativas explicativas dos algos somados em mundos possíveis. Ex-plicar? Não, criar mais dobras, multi-plicar. Abrir as mãos, mas nunca a boca. Abrir a mão... para que caia sobre o papel a caneta coxa que quis correr.
Contra-dizer
domingo, 7 de novembro de 2010
Postado por
Ângela Calou
às
03:21
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4 comentários:
quem vê que é mínimo, pode não ver o por trás do que acha que é o mínimo.. (pois não é o mínimo)
..............
(a foto do melhor filme!!)
eu gostaria de sempre abrir as mãos e nunca a boca... pena só o conseguir efemeramente ;)
Olhar, tocar, até não fazer nada.
E dizer.
Dona Bel, a beleza dos mínimos é a delicadeza de sua pequenez. São mínimos, e por isso, como vc diz, o que há tvz de maior, ou pelo menos, de mais importante.
(Linda a Amelie fotografando céu de baunilha, não é?)
Beijos.
Lucília,
ah que é assim, apenas muito efemeramente que se pode conseguir...também eu. Obrigada pela leitura. Beijos.
Rafa,
Olhar, tocar, até não fazer nada... (e como poder pensar que depois de tudo isso nada foi dito, não é?). Vou perguntar pra o Dylan ou pra o Barrett seus. ; )
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